Morada: Rua da Conceição, nº 91

Telefone: 21 342 50 49

E-mailretrosariabijou@mail.telepac.pt

Fundador: Amorim Lopes

Proprietário actual: Augusto d’Almeida Herdeiros, Lda.

Artigos: Botões de todo o tipo e tamanho; sedas para bordados (desde logo para as colchas de Castelo Branco); contas em vidro e madeira; missangas e fitas, estolas e lãs, entre alguns milhares de artigos à venda. Utensílios e ferramentas para tricot e crochet: agulhas, dedais, etc.

Decoração: A bela fachada em Arte Nova, a cor cinzenta e de vidros pintados com motivos florais e a designação da casa, ladeada por dois números 91, é a imagem de marca desta pequena e carismática retrosaria de apenas cerca de 14 m2, não contando com o armazém do piso superior. O interior é forrado a balcões e armários de época repletos de caixinhas de botões e tecidos, tecto com estuques e, ao fundo, o letreiro com o nome do fundador, Augusto d’Almeida. O chão é em laje de pedra escura.

Do lado direito, em cima de um balcão, está a belíssima caixa-registadora centenária da National, ainda operacional – o “Mercedes Benz” das registadoras, como o Sr. Vilar de Almeida gosta de se lhe referir, porque na altura em que veio para a Bijou, todas as outras das retrosarias vizinhas eram ainda manuais, enquanto esta já era automática -, fotografada vezes sem conta, onde tem especial destaque a mensagem que a encima: “O freguez verá no mostrador a importancia da sua compra.”

Protecção: Consta do Inventário Municipal (nº 48.37A) anexo ao PDM e está inserida inserida na Lisboa Pombalina classificada Conjunto de Interesse Público (2012) e abrangida pelo Programa Lojas com História (2017)

História: A Retrosaria Bijou foi fundada por Amorim Lopes em 1915 (aparece em vários registos como tendo sido fundada em 1923, mas esse ano refere-se a uma campanha de obras que a loja sofreu), estando desde há mais de 90 anos na posse da família de Augusto d’Almeida, avô dos actuais proprietários, que tomou o negócio ao fundador da casa e seu patrão, em 1922.

Augusto d’Almeida reformou-se em 1969, passando a loja a ser gerida pela filha, tia de José Vilar e Teresa Almeida, que dividem o seu tempo e as suas profissões com o atendimento na loja, sempre que é necessário, como agora, que Vítor Monteiro, empregado na casa há cerca de 50 anos, acaba de se reformar.

Curiosidades: José Vilar entrou com 12 anos ao serviço da Bijou, limitando-se a fazer recados ao Avô. Até há poucos anos, a porta de entrada da loja era decorada com um cisne em ferro de cerca de 30kg de pêso, que está hoje em armazém porque a CML pediu que fosse retirado por ameaçar cair na via pública – um dia há-de voltar…

Horário de funcionamento: Aberta das 9h30 às 19h, de 2ª Feira a 6ª Feira. Sábados das 9h30 às 13h.