Morada: Rua de Belém nº 84 a 92
Telefone: 21 363 74 23
Sítio: http://pasteisdebelem.pt
E-mail: pasteisdebelem@pasteisdebelem.pt
Proprietário: Antiga Confeitaria de Belém, Lda.
Produtos: Fabrico dos Pastéis de Belém (eleitos uma das maravilhas da gastronomia portuguesa), segundo uma antiga receita do Mosteiro dos Jerónimos que diariamente é produzido usando os mesmos processos artesanais. Outras especialidades: bolo inglês, marmelada de Belém, sortidos, salgados, Bolo-Rei. Serviço de pastelaria e cafetaria.
Protecção: Consta do Inventário Municipal (nº 32.34A) anexo ao PDM e está abrangida pelo Programa Lojas com História (2017)
História: «No início do Século XIX, em Belém, junto ao Mosteiro dos Jerónimos, laborava uma refinação de cana-de-açúcar associada a um pequeno local de comércio variado. Como consequência da revolução Liberal ocorrida em 1820, são em 1834 encerrados todos os conventos e mosteiros de Portugal, expulsando o clero e os trabalhadores. Numa tentativa de sobrevivência, alguém do Mosteiro põe à venda nessa loja uns doces pastéis, rapidamente designados por “Pastéis de Belém” […]» (in site da loja), e em 1834, segundo reza a lenda, o monge-pasteleiro do convento terá vendido a receita a um empresário português chegado do Brasil, Domingos Rafael Alves (ou passado a trabalhar para este), antepassado da família Clarinha, actual proprietária dos Pastéis de Belém, que conserva o segredo da sua confecção juntamente com três mestres da “oficina do segredo”.
«Em 1837, inicia-se o fabrico dos “Pastéis de Belém”, em instalações anexas à refinação, segundo a antiga “receita secreta”, oriunda do Mosteiro. Transmitida e exclusivamente conhecida pelos mestres pasteleiros que os fabricam artesanalmente, na “Oficina do Segredo”. Esta receita mantém-se igual até aos dias de hoje.» (idem)
Decoração: Montra e fachada em que a côr que predomina é o azul, das portas e portadas de madeira aos azulejos, toldos e néons. Na primeira sala, praticamente intacta desde a sua origem, mais azul e amarelo, com as paredes forradas a duplos armários-vitrine, de madeira azul, em baixo, e amarela, em cima, corridos a garrafas de vinho e licores os mais variados e antigos, bem como memorablia da loja. Ao centro o grande balcão em “L”, com tampo de mármore, e as colunas de ferro com revestimento parcial a espelho. No tecto continuam os estuques e as lanternas de época.
Para lá dos arcos de madeira pintada a azul, sucedem-se as várias salas da pastelaria, todas profusamente revestidas a azulejos de várias épocas e fabrico, com figuras-de-convite e infindáveis silhares, em que mais uma vez prevalece o azul. Lado a lado com a fábrica propriamente dita e muitos objectos expostos, das várias épocas da casa, com realce para uma máquina registadora Nacional, faianças e vários artefactos ligados ao fabrico dos pastéis.
Curiosidades: Hoje são apenas seis as pessoas conhecem o segredo da confecção dos Pastéis de Belém (3 mestres e 3 membros da família proprietária), estando os mestres-pasteleiros obrigados a assinar um termo de responsabilidade em como não divulgarão a receita, e como não viajarão nunca juntos, isto apesar de tanto receita original como a designação “Pastéis de Belém” serem patenteados.
Foi graças à abertura da rede de elécticos e à utilização do barco a vapor, que possibilitaram uma ida a Belém mais fácil, desde Lisboa e dos arredores, que a fama dos Pastéis de Belém extravasou o local, chegando hoje a todo o mundo. A partir de então que é impossível não associar os pastéis aos monumentos de Belém. Entre os milhares de clientes que peregrinam rumo aos Pastéis de Belém contam-se vários Presidentes da República e políticos nacionais, embaixadores e membros de casas reais europeias e não só, empresários e artistas e autores nacionais e estrangeiros, como Amália ou Jorge Amado.
Horário de funcionamento: Aberta todos os dias, das 8h às 23h (1 de Outubro a 30 de Junho) e das 8h às 24h (1 Julho a 30 de Setembro). Encerra às 19h nos dias 24, 25, 31 de Dezembro e 1 de Janeiro.